quarta-feira, 2 de abril de 2014

Primeiro Poema do Blog

VIAGEM

Se faz presente todo dia ao achar que a vida é banal
Esse problema de aceitar o real
Aquele que abduziu a chance de ser leal
Coitado, não falo. Dele tô quase igual
Hoje tô vendo criança mulata
Nessa cidade pacata vagando nas ruas
Enquanto tu viaja, nas fé se embala
A consciência que tu tinha não é mais sua
Meu descontentamento é toda hora
Quem vai abraça criança que chora?
Pelo descaso, pela desgraça
Já não basta essa miséria que não passa?
Enquanto tuas compra de milhares
Ultrapassam aquilo que no bolso cabe
Encarar uma aquisição como verdade
Espera, não entra nessa amostragem
Larga disso, para de vadiagem
Seu peito, sua bunda não é tudo que empinar você sabe
Ergue teu rosto, mostra pro outro o que você tem de melhor
Aproveite a vida curta, vai na fé se segura, acaba com a dor
Ficava dilacerando, coração apertando
O cara dizia que tava amando

Por fim, acabou, sem dó e só